O guia completo do Pix: como fazer, chaves, golpes

O guia completo do Pix: como fazer, chaves, golpes

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O Pix é um meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central em 2020, sendo anunciado em fevereiro e disponibilizado apenas em novembro. Por oferecer tantas vantagens, em março de 2022, a modalidade tornou-se a mais usada para pagamentos.

Trata-se de uma forma totalmente gratuita para fazer não apenas pagamentos a empresas, mas, também, transações entre contas de pessoas físicas do mesmo banco ou não, e que é compensada imediatamente, em até 10 segundos, independente do dia ou horário em que for realizada.

A seguir, confira o nosso guia completo sobre o Pix e entenda as questões mais importantes sobre o meio de pagamento instantâneo.

Pix: o que é e como funciona?

O Pix é uma forma de pagamento instantâneo, na qual o valor pago ou transferido é compensado imediatamente, inclusive após o expediente bancário e em feriados e finais de semana.

Ele pode ser usado por pessoas físicas, em transferências entre contas do mesmo banco ou não, e também entre pessoas físicas e jurídicas, como forma de pagamento. Neste caso, é possível encontrar a forma disponível tanto em lojas online – o que agiliza o processo de compra – quanto em lojas físicas.

Além disso, a Receita Federal também permite que os cidadãos paguem impostos, taxas e contribuições pelo meio de pagamento instantâneo.

O Pix é totalmente gratuito para pessoas físicas. Assim, qualquer pessoa que tenha uma conta corrente, poupança ou conta de pagamento pré-paga pode transferir valores para qualquer outra conta, de qualquer outro banco, em qualquer dia e a qualquer horário.

Apesar disso, vale saber que há limites estabelecidos para que as operações sejam feitas com maior segurança. Desde outubro de 2021, o Banco Central determinou que, entre 20h e 6h, apenas valores de até R$ 1 mil poderiam ser transferidos. A medida foi aplicada com a finalidade de conter os casos de fraudes, sequestros e roubos em períodos noturnos. Mesmo assim, o correntista pode ampliar esse limite, se quiser.

Como fazer um Pix?

Para fazer um Pix, basta que a conta de destino possua uma chave Pix. Acessando a sua conta bancária pelo internet banking ou pelo aplicativo para celular, procure pela opção Pix e selecione a ferramenta que você quer usar no momento: transferência, pagamento via QR Code, Pix Copia e Cola ou recebimentos por geração de chave Pix ou QR Code.

Em seguida, você terá que definir o valor a ser transferido e o favorecido, indicando a sua chave Pix. Há duas observações neste ponto: a primeira é que a ordem dos passos pode ser diferente de banco para banco. Algumas instituições podem solicitar primeiro o valor, enquanto outras iniciam com a indicação do favorecido.

A segunda observação é que alguns bancos permitem que você selecione o favorecido entre os seus contatos, não exigindo a chave Pix. Caso você já tenha feito uma transferência (TED ou DOC) para um colega, a conta dele pode ter ficado salva na sua agenda de contatos da sua conta bancária, e assim basta selecioná-la para fazer o pagamento instantâneo.

Colocando os dados necessários, confirme se estão corretos para que não haja nenhum erro, e finalize com a sua senha eletrônica. Se quiser, você ainda pode incluir uma mensagem para o destinatário antes de concluir a transação. O campo possui limite de 140 caracteres e pode ser usado para dar uma descrição do pagamento ou transferência, ou qualquer outro tipo de mensagem que você queira enviar.

Assim que o Pix for concluído com a sua senha, você poderá ver o comprovante da transação.

Já se você quiser ou precisar receber um Pix, é preciso ter uma chave, como veremos no tópico seguinte.

O que é e como cadastrar uma chave Pix

A chave Pix é o meio utilizado para realizar as transações instantâneas. Assim como os números de agência e conta são necessários em TEDs e DOCs, a chave Pix é necessária nesta modalidade de pagamento.

Aqui, você escolhe qual será a chave da sua conta. É possível cadastrar seu CPF ou CNPJ, seu número de celular ou seu e-mail, o dado que for de sua preferência.

Além disso, vale lembrar que não é necessário cadastrar mais de uma chave para uma mesma conta. Principalmente se você tiver contas em mais de um banco, cadastre um dado em cada banco. Assim, basta fornecer a chave Pix desejada para receber o valor na respectiva conta.

Há, ainda, a chave aleatória, que é formada por letras e símbolos. Trata-se de um código de 32 caracteres que é gerado aleatoriamente pelo Banco Central e vinculado a uma única conta. A opção é voltada para quem não deseja passar nenhum de seus dados para receber um Pix.

O último tipo de chave Pix é um QR Code. É possível gerar um QR Code Estático, que é sempre o mesmo e pode ter um valor fixo ou diferente, ou um QR Code Dinâmico, que é único para cada transação.

Para cadastrar uma chave Pix, acesse a sua conta bancária pelo internet banking ou pelo aplicativo e selecione a opção Pix. Depois, procure pela área de registro ou cadastro de chaves. No Nubank, por exemplo, a opção é “Registrar ou trazer chaves”, enquanto no Itaú é “Minhas chaves”.

Chegando nessa etapa, selecione o tipo de chave que você quer cadastrar (CPF, celular, e-mail ou chave aleatória) e indique o respectivo dado. Dependendo do tipo de chave e da instituição bancária, você pode receber um código de validação. Por fim, confira os dados e confirme para concluir o cadastro.

Já se você quer uma chave em formato de QR Code, é preciso ir até a área de recebimentos, também dentro da opção Pix, e selecionar a opção de cobrança ou semelhante. Indicando o valor ou não, você poderá gerar o QR Code e apresentá-lo ao seu pagador.

Como cancelar um Pix?

Cancelar um Pix depois de realizado não é uma tarefa possível. No caso, a única maneira de evitar uma transferência com um valor errado ou para uma conta errada é conferindo com atenção todos os dados antes de finalizar a transação.

Apesar disso, ainda existe uma maneira de ter o valor de volta. Caso você conheça o destinatário da conta que recebeu o Pix indevidamente, é possível entrar em contato com ele e pedir a devolução do valor.

Já se você não conhece o destinatário, o próprio Pix disponibiliza uma funcionalidade para o estorno de valores passados indevidamente. De acordo com o Banco Central, o próprio usuário recebedor deve dar início ao processo de devolução, podendo devolver o valor total ou parcial. Assim, infelizmente é necessário contar com o bom senso dele para ter o valor de volta.

Pix Saque e Pix Troco

Em novembro de 2021, foram criados o Pix Saque e o Pix Troco. Basicamente, os dois produtos facilitam o acesso ao dinheiro em espécie, permitindo que o cidadão tenha outras maneiras de conseguir quantias nessa forma.

No Pix Saque, o usuário deve ir até um estabelecimento comercial que seja conveniado a esse sistema, e fazer um Pix no valor em que deseja ter em espécie. Assim, a empresa lhe dá o dinheiro necessário.

Já no Pix Troco, o cidadão faz uma compra, paga por meio de Pix, porém, transfere um valor maior. O troco, no caso, é dado em espécie.

Os dois produtos são totalmente gratuitos para pessoas físicas e clientes MEI em todos os bancos. O limite mensal é de oito Pix Saque ou Pix Troco; a partir da nona transação, o banco ou instituição financeira poderá cobrar tarifas.

Além disso, também há limite de valores, para que haja mais segurança. No horário diurno, isto é, das 6h às 20h, o limite é de R$500, enquanto das 20h às 6h, só é possível “sacar” até R$100.

Cuidado com golpes

Uma vez que o Pix pode ser feito em qualquer dia e horário, além de ter compensação imediata, pessoas mal-intencionadas têm se aproveitado para realizar golpes, fraudes, roubos e até mesmo sequestros relâmpagos. Por isso, é necessário ter cuidado, principalmente em ambientes virtuais.

Hoje, alguns dos golpes do Pix mais conhecidos são a clonagem de WhatsApp e o de falsos funcionários de banco ou lojas.

Na clonagem de WhatsApp, os golpistas conseguem tomar o acesso da conta do aplicativo de mensagens e passam a pedir dinheiro aos contatos do cidadão, se passando por ele. Infelizmente, os contatos que não confirmam diretamente com o dono da conta antes acabam sendo vítimas e perdendo dinheiro.

O golpe de falsos funcionários é semelhante. Os criminosos entram em contato com o cidadão se passando por funcionários de banco, loja de departamentos, entre outros estabelecimentos. Assim, eles dizem que há um problema com a sua conta bancária, ou oferecem algum produto e pedem um pagamento antecipado. Acreditando nos golpistas, as vítimas acabam fazendo as transações.

Para não cair em golpes deste tipo, é preciso ter cuidado e estar sempre alerta. Se receber pedidos de conhecidos, não deixe de confirmar com a pessoa antes de realizar qualquer pagamento. Atente-se, também, aos dados do favorecido antes de concluir o Pix, à segurança do site antes de fazer pagamentos online e aos e-mails recebidos.

Outra forma de evitar prejuízos maiores é reduzindo o valor limite no seu banco. Se você não costuma fazer transações Pix em valores muito altos, adeque o seu limite para um valor mais baixo. Assim, você ainda consegue realizar os pagamentos e evita perdas significativas de dinheiro.

Tendo os devidos cuidados, você não fica imune a cair em golpes ou a ter prejuízos pelo Pix, porém, reduz drasticamente as chances disso acontecer. Por isso, lembre-se de ter cautela o tempo todo, conferindo com atenção os dados dos seus favorecidos e tomando as precauções que citamos acima.

A noPositivo é uma empresa especializada em ajudar o consumidor que sofreu uma negativação indevida, trabalhando para limpar o seu nome e na busca de uma compensação justa por todo o transtorno sofrido.

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Importante!

Esse texto tem caráter informativo e busca orientar consumidores sobre seus direitos. Somente um advogado é capaz de oferecer atendimento jurídico. Texto revisado por Renato Haidamous Rampazzo, cadastrado na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seção de São Paulo, sob o número 406.543.

Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato pelo e-mail [email protected]

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